AS MAIORES INDUSTRIAS DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL
São
Paulo – Única fabricante de helicópteros do Brasil, a Helibras pertence ao
grupo europeu EADS. A empresa produz tanto modelos civis, como o popular
Esquilo, quanto militares. Nesta área, a empresa fabrica oito tipos de
aparelhos. Um dos exemplos é o Tigre, aparelho de médio porte para combate
ar-ar e apoio. Pesando seis toneladas, é impulsionado por duas turbinas.
A Taurus é uma das mais tradicionais fabricantes de armas
do país. Atualmente, a empresa produz de revólveres a submetralhadoras. Seu
arsenal é exportado para 70 países. Empresa listada na Bovespa, a Taurus
encerrou o primeiro semestre com receita líquida de 354 milhões de reais, ante
304 milhões no mesmo período do ano passado. Seu lucro foi de 22 milhões,
contra sete milhões na comparação.
Em
dezembro de 2010, foi criada a Embraer Defesa
e Segurança. A face mais conhecida da Embraer nesse mercado são os caças
Tucano, mas a empresa também está desenvolvendo um cargueiro, o KC-390, que já
conta com parceiros como a Boeing. A empresa também desenvolve e opera sistemas
de comunicação, computação, comando, controle e inteligência.
A Iveco é
mais conhecida como o braço da Fiat para fabricar caminhões e ônibus. No final
de 2011, no entanto, a empresa criou uma divisão para desenvolver e produzir
veículos de combate. Em parceria com o Exército brasileiro, a Iveco criou o
Guarani, um blindado rápido anfíbio de 12 rodas. Equipado com um canhão de 105
milímetros pode ser usado em missões de transporte e combate. A
parceria rendeu uma encomenda de 84 Guaranis à Iveco,
por um valor total de 240 milhões de dólares.
Fundada
em 1961, a Avibras dedica-se ao projeto e fabricação de mísseis e sistemas de
defesa ar-terra e terra-terra, além de aviões não tripulados. Seu último
empreendimento é a construção de uma nova fábrica, em Lorena (SP), para a
produção de polibutadieno, usado em combustível sólido para foguetes. Será a
quarta fábrica deste polímero em todo o mundo.
Outro
gigante do capitalismo brasileiro que decidiu investir na área é o Grupo Odebrecht.
Criada em abril de 2011, após comprar o controle da Mectron, uma fabricante de
mísseis, a Odebrecht Defesa e Tecnologia. Entre os projetos nos quais está
envolvida, está a instalação de um estaleiro e de uma base naval para construir
e operar submarinos convencionais e um nuclear. Outro é o desenvolvimento de
sistemas integrados, em parceria com a EADS.
Outro
grupo que tem suas origens na construção e que decidiu investir no setor é
a Andrade
Gutierrez. A iniciativa mais recente foi à criação de uma
joint-venture com a francesa Thales, com o objetivo de atuar em segurança
urbana e monitoramento de fronteiras. Os brasileiros ficarão com 60% da
parceria, e os franceses, com os 40% restantes. Entre as tecnologias que a
Thales domina, estão câmeras de monitoramento, inclusive noturno, radares e
equipamentos para vigilância.
A
Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) foi fundada em 1926. Com duas fábricas,
a empresa exporta cerca de 70% de sua produção para mais de 40 países. A CBC
produz munição militar e para segurança pública. A empresa também fabrica três
modelos de armas – uma para uso policial, e outras duas para caça esportiva.
A
Indústria de Material Bélico do Brasil é uma estatal vinculada ao Ministério da
Defesa. Criada pela Lei 6.227, de julho de 1975, a Imbel fornece armas
portáteis, munição, explosivos e equipamentos de comunicação para o Exército.
A Amadeo Rossi é uma empresa centenária. Fundada em 1889 em Caxias do Sul (RS), a
companhia fabrica armas de fogo, com foco em tiro esportivo.
Nota-se
que o investimento do governo em segurança pública é grande e com lucro
elevado, mas também sabemos que ainda precisamos equipar melhor a defesa desse
país em todas as suas estâncias, para que o cidadão de bem possa sair das
grades de casa e aproveitar as tardes de conversas no portão sem medo de ser
vitima do acaso.
Defesa de vários países querem atrair
cérebros indianos em cibernéticas e novas tecnologias.
Dezena e meia de companhias ligadas à
indústria de defesa nacional estiveram em uma feira realizada na Índia, país
com o quinto maior orçamento da Defesa no mundo e que quer investir 18,7 mil
milhões de euros até 2020.
Um exemplo disso é Portugal que tem
falta de técnicos qualificados, porque emigram ou são insuficientes para a
procura das multinacionais que se instalam no país, como a Google, Amazon e
Vestas.
Para compensar essa situação, o
Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência
(INESC--TEC) estão a celebrar acordos de parceria com as principais
universidades indianas de tecnologia, revelou o seu presidente. “Tendo projetos
financiados pela Marinha dos EUA e colaborando com a Força Aérea e a Marinha
portuguesa, estamos numa boa posição para credibilizar as empresas e exportar
tecnologia”.
Por feiras como esta que nota-se o
poder das indústrias de tecnologia bélica ou não a procura de parcerias e mão
de obra barata na Ásia para a produção de seus produtos, em alta os drones de
alta resolução e com capacidade de ação, preservando a vida de habitantes e
controladores, porque tudo é feito a distância e com a máxima precisão.