PRIMEIRA CHUVA
DE METEOROS DE GRANDE INTENSIDADE ACONTECERA DIA 22 DE ABRIL E SERÁ VISÍVEL NO
BRASIL.
Entre os próximos dias 14 a 30 de abril, ocorrerá a primeira das tradicionais
chuvas de meteoros anuais e de grande intensidade: as Lyrids, ou Líridas. Um
bom número de estrelas cadentes será visível no céu no período de seu
pico máximo, na passagem do dia 22 para o dia 23 de abril - o momento do pico está previsto para aproximadamente
21 horas, horário de Brasilia.
No Brasil, a melhor observação dessa chuva ocorrerá depois da
meia-noite até antes do raiar do dia. Este fenômeno é registrado todo ano, no
mês de abril, e poderá ser melhor observado, principalmente, nas regiões
Nordeste e Norte.
Os meteoros são pequenos corpos celestes que se deslocam no espaço
e entram na atmosfera da Terra, queimando parcial ou totalmente devido à
ablação com a atmosfera terrestre e ao contato com moléculas de oxigênio. Este
fenômeno deixa um risco luminoso no céu, que é popularmente chamado de “estrela cadente”.
“As chuvas de meteoros acontecem quando um grande número destes
corpos entra na atmosfera terrestre ao mesmo tempo, causando uma sequência de
estrelas cadentes que podem ser visualizadas a olho nu e que podem durar vários
dias. O fenômeno acontece porque a Terra atravessa a órbita de algum cometa, ao
longo da qual há infinidade de fragmentos do próprio cometa espalhados, e são
esses fragmentos que se tornam meteoros. Cada chuva ocorre com periodicidade
anual e existem diversas chuvas ao longo do ano vinculadas às órbitas de
diferentes cometas conhecidos”, explica Fernando Roig, pesquisador do
Observatório Nacional.
Nas Lyrids, conhecidas como “estrela de abril”, o fluxo de entrada na atmosfera terrestre é de 10 a 20 meteoros
por hora – uma das 10 chuvas mais intensas do ano. O fenômeno recebeu este nome
(Lyrideas)
porque o radiante da chuva – a região do céu da qual a chuva parece estar vindo
em direção à Terra – fica na constelação Lyra.
As chuvas de meteoros não representam riscos para a Terra e
acontecem em praticamente todos os meses, algumas com mais intensidade e ampla
visibilidade, como as Lyrids: “Não existe risco para a Terra porque a maioria
dos fragmentos são muito pequenos e se esfarelam na atmosfera antes de atingir
o solo. Excepcionalmente, pode ser que algum fragmento caia no solo, mas
trata-se de corpos muito pequenos cuja probabilidade de oferecer risco às
pessoas é praticamente nula”, encerra Roig.
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