CRIMEIA
Localização da Crimeia e Ucrânia na Europa (cinza escuro) |
|
|
Crise da Crimeia de 2014
É uma crise
político-institucional ocorrida na sequência da revolução ucraniana de 2014, em
que o governo do presidente Viktor Yanukovych foi deposto. Trata-se de protestos de milhares de
pessoas russas étnicas que se opuseram aos eventos em Kiev e
reivindicam laços estreitos ou a integração com a Rússia, além de autonomia
expandida ou possível independência da Crimeia.
Kiev acusou a Rússia de intervir nos
assuntos internos da Ucrânia, enquanto o lado russo negou oficialmente tais
alegações. Sob cerco, o Conselho Supremo da Crimeia indeferiu o governo e substituiu
o presidente do Conselho de Ministros da Crimeia,
Anatolii
Mohyliov por Sergey
Aksyonov.
# 01 de março,
o parlamento russo concedeu ao presidente Vladimir Putin a autoridade para usar a força militar na Ucrânia, na sequência de um pedido de ajuda
não oficial do líder pró-Moscou, Sergey Aksyonov.
Os Estados
Unidos e seus aliados condenaram uma intervenção russa na Crimeia,
incentivando a Rússia a retirar-se.
Múltiplos
interesses estão direcionados na invasão da Crimeia, sendo elas por parte da
Rússia pela extensão de gasodutos e a base militar da Crimeia, cujo sua
localização entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto é estratégica.
Revolução em
Kiev
No final de
2013, manifestações rompem contra o governo do presidente Viktor Yanukovych
após se recusar a assinar um acordo de associação com a União Europeia.
Os protestos
violentos em 21 de fevereiro faz o parlamento ucraniano destitui o presidente
Yanukovych sob a acusação de "abandonar o
cargo". Uma das primeiras ações do novo governo foi revogar
uma lei que reconhecia o russo como uma língua regional oficial. Os moradores
da metade sul da Ucrânia manifestaram contra o novo governo em Kiev.
Cronologia
dos eventos
# 23 de
fevereiro de 2014,
em meio aos protestos, o parlamento ucraniano destitui o presidente Yanukovych
por "abandono
o cargo".
O Parlamento
assume o poder executivo e revoga a lei sobre as línguas não oficiais das
minorias a nível municipal e provincial, o que causa um grande desconforto na
população do sul da Ucrânia.
# 24 de
fevereiro, manifestantes
derrubam o prefeito, que é escolhido a dedo pelo parlamento em Kiev, em
seguida, designam um russo como o novo prefeito.
# 26 de
fevereiro, a
tensão separatista com a Rússia por causa da península da Crimeia e onde está a
sua principal base naval da frota russa do Mar Negro cresce.
Vladimir
Putin, presidente da Rússia, colocou as Forças Armadas nas áreas de fronteira
com a Ucrânia. O dia termina com o apoio ao novo Governo de Unidade Nacional, o
primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, da coligação política de Yulia Timoshenko.
# 27 de
fevereiro,
grupos paramilitares russófilos tomam os prédios da Presidência e do Parlamento
da República Autônoma da Crimeia; a bandeira russa foi hasteada em ambos os
edifícios. O parlamento anunciou um referendo regional da região autônoma.
# 28 de
fevereiro,
grupos armados pró-russos tomaram dois aeroportos na Crimeia um civil e um
militar. O governo ucraniano chegou a assinalar um "ato de invasão russa", o que Moscou nega categoricamente.
Presente
# 2 de março, algumas reuniões importantes como
Conselho de Segurança da ONU para tentar resolver o conflito, pela solicitação
russa. Segundo Ban Ki-Moon ele pediu "independência,
a segurança, e a integridade territorial" da Ucrânia.
Segundo John Kerry, o governo norte-americano ameaçou
expulsar a Rússia do G8 entre outras sanções econômicas, além da França e a
Grã-Bretanha afirmou que não enviarão representantes para a reunião do G8.
Na ONU, Moscou
confirmou que o presidente deposto solicitou a intervenção militar russa para proteger
"as pessoas que estão sendo
perseguidas por razões linguísticas e políticas".
# 6 de março, o Conselho Supremo (Parlamento) da
Crimeia votou e aprovou uma proposta para oficialmente fazer parte do
território da Federação Russa.
# 10 de março, integrantes do parlamento regional
da Crimeia aprovaram a declaração independência da península em relação à
Ucrânia, invocada a Carta das Nações Unidas, que estabelecem o direito dos
povos à autodeterminação, as autoridades de Kiev consideram ilegais.
# 16 de março, o referendo a respeito da
independência da região em relação à Kiev foi feito e 96,8% dos votos apurados
foram favoráveis à secessão da península em relação à Ucrânia e à reintegração
à Federação Russa.
# 18 de março, o presidente Vladimir Putin defendeu
a reintegração da Crimea à Rússia, foi assinado um tratado de anexação da
península à Federação Russa.
# 22 de março, o presidente Vladimir Putin
sancionou a lei que completa a reintegração da Crimeia à Rússia.
# 24 de março, a Ucrânia retirou suas tropas da
Crimeia após a Rússia tomar a base naval
em Feodosia. O rublo também passou a ser a oficialmente a principal moeda em
uso da Crimeia.