domingo, 13 de abril de 2014

CRIMEIA - UMA PENÍNSULA EM CONFLITO




CRIMEIA



Localização da Crimeia e Ucrânia na Europa (cinza escuro)
  Crimeia (incluindo Sevastopol)
  Restante da Ucrânia
Data23 de fevereiro de 2014–presente
LocalCrimeiaUcrânia






  Crise da Crimeia de 2014

É uma crise político-institucional ocorrida na sequência da revolução ucraniana de 2014, em que o governo do presidente Viktor Yanukovych foi deposto. Trata-se de protestos de milhares de pessoas russas étnicas que se opuseram aos eventos em Kiev e reivindicam laços estreitos ou a integração com a Rússia, além de autonomia expandida ou possível independência da Crimeia.

Kiev acusou a Rússia de intervir nos assuntos internos da Ucrânia, enquanto o lado russo negou oficialmente tais alegações. Sob cerco, o Conselho Supremo da Crimeia indeferiu o governo e substituiu o presidente do Conselho de Ministros da Crimeia,
Anatolii Mohyliov por Sergey Aksyonov.

# 01 de março, o parlamento russo concedeu ao presidente Vladimir Putin a autoridade para usar a força militar na Ucrânia, na sequência de um pedido de ajuda não oficial do líder pró-Moscou, Sergey Aksyonov.  
Os Estados Unidos e seus aliados condenaram uma intervenção russa na Crimeia,
incentivando a Rússia a retirar-se.
Múltiplos interesses estão direcionados na invasão da Crimeia, sendo elas por parte da Rússia pela extensão de gasodutos e a base militar da Crimeia, cujo sua localização entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Morto é estratégica.

Revolução em Kiev
No final de 2013, manifestações rompem contra o governo do presidente Viktor Yanukovych após se recusar a assinar um acordo de associação com a União Europeia.

Os protestos violentos em 21 de fevereiro faz o parlamento ucraniano destitui o presidente Yanukovych sob a acusação de "abandonar o cargo". Uma das primeiras ações do novo governo foi revogar uma lei que reconhecia o russo como uma língua regional oficial. Os moradores da metade sul da Ucrânia manifestaram contra o novo governo em Kiev.

 Cronologia dos eventos
# 23 de fevereiro de 2014, em meio aos protestos, o parlamento ucraniano destitui o presidente Yanukovych por "abandono o cargo".
O Parlamento assume o poder executivo e revoga a lei sobre as línguas não oficiais das minorias a nível municipal e provincial, o que causa um grande desconforto na população do sul da Ucrânia.
# 24 de fevereiro, manifestantes derrubam o prefeito, que é escolhido a dedo pelo parlamento em Kiev, em seguida, designam um russo como o novo prefeito.
# 26 de fevereiro, a tensão separatista com a Rússia por causa da península da Crimeia e onde está a sua principal base naval da frota russa do Mar Negro cresce.
Vladimir Putin, presidente da Rússia, colocou as Forças Armadas nas áreas de fronteira com a Ucrânia. O dia termina com o apoio ao novo Governo de Unidade Nacional, o primeiro-ministro Arseniy Yatsenyuk, da coligação política de Yulia Timoshenko.
# 27 de fevereiro, grupos paramilitares russófilos tomam os prédios da Presidência e do Parlamento da República Autônoma da Crimeia; a bandeira russa foi hasteada em ambos os edifícios. O parlamento anunciou um referendo regional da região autônoma.
# 28 de fevereiro, grupos armados pró-russos tomaram dois aeroportos na Crimeia um civil e um militar. O governo ucraniano chegou a assinalar um "ato de invasão russa", o que Moscou nega categoricamente.


 Presente
# 2 de março, algumas reuniões importantes como Conselho de Segurança da ONU para tentar resolver o conflito, pela solicitação russa. Segundo Ban Ki-Moon ele pediu "independência, a segurança, e a integridade territorial" da Ucrânia.
Segundo John Kerry, o governo norte-americano ameaçou expulsar a Rússia do G8 entre outras sanções econômicas, além da França e a Grã-Bretanha afirmou que não enviarão representantes para a reunião do G8.
Na ONU, Moscou confirmou que o presidente deposto solicitou a intervenção militar russa para proteger "as pessoas que estão sendo perseguidas por razões linguísticas e políticas".
# 6 de março, o Conselho Supremo (Parlamento) da Crimeia votou e aprovou uma proposta para oficialmente fazer parte do território da Federação Russa.
# 10 de março, integrantes do parlamento regional da Crimeia aprovaram a declaração independência da península em relação à Ucrânia, invocada a Carta das Nações Unidas, que estabelecem o direito dos povos à autodeterminação, as autoridades de Kiev consideram ilegais.
# 16 de março, o referendo a respeito da independência da região em relação à Kiev foi feito e 96,8% dos votos apurados foram favoráveis à secessão da península em relação à Ucrânia e à reintegração à Federação Russa.
# 18 de março, o presidente Vladimir Putin defendeu a reintegração da Crimea à Rússia, foi assinado um tratado de anexação da península à Federação Russa.
# 22 de março, o presidente Vladimir Putin sancionou a lei que completa a reintegração da Crimeia à Rússia.
# 24 de março, a Ucrânia retirou suas tropas da Crimeia após a Rússia  tomar a base naval em Feodosia. O rublo também passou a ser a oficialmente a principal moeda em uso da Crimeia.


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