sexta-feira, 10 de março de 2017

ECLIPSE SOLAR






Eclipse solar parcial  26 de Fevereiro de 2017 (Brasil).

Só quem estiver na Patagônia, e em alguns lugares da África, verá o fenômeno em todo o seu esplendor. Os brasileiros terão só uma palhinha.

O Sol vai desaparecer neste domingo de Carnaval. Mas só o sul da Argentina e do Chile, mais Angola, Congo e Zâmbia, na África, serão agraciados com um eclipse total sobre suas cabeças. E a sorte deles é maior do que parece: esse será um raro eclipse anular, igual o da imagem acima, com a Lua encobrindo o Sol todo, menos as bordas, deixando um “anel de fogo” no céu– “de fogo” , claro, já que não tem fogo no Sol, o que a gente vê ali é energia nuclear pura, a céu aberto.

Ele não vai “passar” pelo Brasil. Mas por volta das 10h da manhã do dia 26, a maior parte dos brasileiros conseguirá ver pelo menos um pedacinho do Sol desaparecer momentaneamente. Quanto mais ao Sul você estiver, menos parcial será o eclipse.



 

O NECTAR DOS DEUSES



A HISTÓRIA DO CACAU
Segundo historiadores, o cacau era cultivado pelos índios, principalmente os Astecas, no México, e os Maias, na América Central. O cacaueiro, chamado cacahualt, era considerado sagrado e suas sementes eram tão valiosas que chegaram a ser usadas como moeda.
Como bebida, era servido em cerimônias e rituais, em requintados banquetes. O cacau chegou à Europa pelas mãos de Cristóvão Colombo, que o teria levado por simples curiosidade e logo se transformou em uma coqueluche por lá.
Segundo registros históricos, o cultivo do cacau começou no Brasil em 1679 que é hoje o 5° maior produtor de cacau do mundo.
O cacaueiro é uma espécie nativa da floresta tropical úmida americana e seu centro de origem é, provavelmente, as nascentes dos rios Amazonas e Orinoco. A partir dessa região, a planta se espalhou pela Venezuela, Colômbia, Equador e países da América Central. Do Brasil, o cacau chegou à África.
O cacaueiro (Theobroma cacao) é a árvore perenifólia que dá origem ao fruto chamado cacau.
Pertencente à família Malvaceae, o cacaueiro é originário da chuvosa Bacia do rio Amazonas, na América do Sul. Em ambientes sombreados de floresta e sem poda humana, sua altura pode chegar a 20 metros, contudo, em condições de cultivo usualmente sua altura varia de 3 a 5 metros.
O cacau é a principal matéria-prima do chocolate, feito por meio da torra e moagem das suas amêndoas secas em processo industrial ou caseiro.

Origem do nome
                                                    

 1-OS POVOS ANTIGOS DAS AMÉRICAS E O CACAU

A civilização Maia e mexicana (principalmente a Asteca), de mesma raiz, possuía dois vocábulos (kab e kaj) que, numa mesma palavra, formavam a expressão suco amargo picante (kabkaj) um sabor bastante apimentado. Segundo historiadores e desenvolvedores da geografia como Américo Vespúcio, do Novo Continente, o nome atual foi praticamente dado por Cristóvão Colombo, apreciador do chocolate com gosto apimentado, e foi um dos primeiros a levar o conhecimento ao Velho Mundo, espalhando a planta, por onde andava. Assim, a bebida originada deste suco era nomeada de kabkajatl (segundo Cristóvão Colombo, onde as três últimas letras desta palavra significavam "líquido".
A cacauatl foi modificada pelos espanhóis, passando a ser tomada quente e com leite e açúcar, basicamente, uma vez que se juntaram muitos outros produtos para retirar o gosto apimentado, que nem sempre é apreciado pelo consumidor comum. Recebeu, então, um novo nome: chacauhaa (chacau = quente; haa = bebida). Depois, houve confusão entre as palavras, das bebidas quente e fria, dando origem à palavra chocolate.
História
O cacau é originário da bacia hidrográfica do rio Amazonas, tendo sido dispersado para as regiões tropicais da América Central e Norte.
O cacau era considerado pela civilização Maia, por ser uma fruta apimentada, um alimento que deveria ser ingerido com "parcimônia e elegância”, devido ao seu sabor amargo; e era dado, diretamente pelos deuses aos homens; antes de Cristóvão Colombo, era consumido apenas pelos Sacerdotes da e para a Entidade Sol. E, de tão importante, virou até moeda de troca o "Cacau" ou "Solaris" (outro nome da mesma moeda). Nessa época, no Brasil colonial, primeiramente e depois com a exportação, a partir de 1808, para toda a América Latina, pois Maria I de Portugal, Brasil e Além-Mar aceitava essa "quase moeda", o "cacau" e/ou "Solaris" (casa do sol), como crédito.
Não se fazia o cacau o que conhecemos hoje como Chocolate. Fazia-se uma bebida de sabor amargo - apimentado, com as sementes torradas e moídas misturadas com água, "semelhante ao preparo do cafezinho", da forma de Cristóvão Colombo, que muitas vezes acrescentava o café à bebida apimentada sagrada dos mexicanos. Segundo alguns estudiosos, atualmente acrescenta-se a pimenta ao chocolate, para voltar ao sabor de antigamente.
Nos nossos dias, o chocolate movimenta globalmente uma economia de 60 bilhões de dólares/ano, enquanto os produtores de cacau ficam apenas com 3,3% da renda gerada.
No Brasil, ele foi cultivado primeiramente na Amazônia, onde já existia em estado natural, próximo ao clima do México, devido ao rio Amazonas. Depois, pelo rio Amazonas, passou para o Pará e pelo mar chegou finalmente à Bahia, onde melhor se adaptou ao solo e ao ambiente marinho, e causou o chamado "boom" da época de 1930.

Reprodução

O cacaueiro é uma planta de clima quente e úmido que prefere o solo argilo-arenoso. Esta árvore possui duas fases de produção de frutos: temporão (março a agosto) e safra (setembro a fevereiro). Sua propagação se dá por sementes (seminal/sexuada) e de forma vegetativa (assexuada). Por ser uma planta tolerante à sombra, vegeta bem em sub-bosques e matas raleadas sendo, portanto, uma cultura extremamente conservacionista de solos, fauna e flora. Pouco mecanizada, é uma cultura que proporciona um alto grau de geração de emprego. Encontrou no sul da Bahia um dos melhores solos e clima para a sua expansão.

2- Cultivo econômico
O cacau é cultivado em cerca de 17 milhões de hectares em todo o mundo. A produção somada de Costa do Marfim e Gana representa 60% da oferta global. De acordo com a FAO, os dez maiores produtores mundiais em 2005 foram:
Posição, País
             Valor
     (Int'l $1,000)   
                                  Produção
                               (toneladas métricas)
          1.024.339
                                               1.330.000
2 Gana
             566.852
                                                  736.000
             469.810
                                                  610.000
             281.886
                                                  366.000
             164.644
                                                  213.774
             138.632
                                                  180.000
             105.652
                                                  137.178
               42.589
                                                    55.298
               37.281
                                                    48.405
               32.733
                                                     42.500

O estado da Bahia produz atualmente cerca de 95% do cacau do Brasil (país cuja produção corresponde a mais ou menos 5% da mundial, sendo a Costa do Marfim o maior produtor do planeta, com aproximadamente 40% do total).
Trabalho escravo
A Costa do Marfim é o maior produtor de cacau do mundo, chegando a contribuir com 41% do mercado global. Em suas plantações ocorre uso de mão de obra escrava e infantil, mais modernamente, uma vez que antigamente (1808 - 1930), na época da riqueza e do "Cacau", era toda assalariada e consumidora do produto que plantavam, seus propagandistas, segundo Dona Maria I de Brasil, Portugal e Além - Mar. As grandes companhias produtoras de chocolate chegaram a assinar em 2001 um termo onde se comprometiam a extinguir o uso deste tipo de mão de obra nos cacauzeiros até 2008. No entanto o prazo não foi cumprido, e segundo denúncias em 2010 ainda eram utilizados em larga escala. Autoridades locais e organizações internacionais têm dedicado atenção ao tema desde então.

CACAU e CONSERVAÇÃO
Cacau cabruca


Por ser plantado por mais de 200 anos, no Estado da Bahia, à sombra da floresta, o cultivo do cacaueiro foi responsável pela conservação de grandes corredores de Mata Atlântica. Este sistema de cultivo é conhecido como "cacau cabruca", corruptela do termo "brocar" (ralear). Nele, o sub-bosque da mata é "brocado" (removido) e substituido por mudas de cacaueiro, tradicionalmente plantadas aleatoriamente. As mudas crescem e passam a produzir seus frutos sob a proteção do vento e sombra das árvores da Mata Atlântica.
Em um levantamento realizado em cabrucas por Lobão, em 2007 no sul baiano, foram encontradas integradas ao sistema cacau-cabruca espécies de árvore consideradas raras, como o jequitibá-rosa (Cariniana legalis), o pau-brasil (Caesalpinea echinata), que é uma espécie ameaçada de extinção e a gameleira (Ficus gomelleira), que é uma espécie de importância sócio ecológica, já que seus ramos jovens servem de alimento às preguiças e práticas religiosas afro-brasileiras estão associadas a ela. É digno de nota o fato de que maior jequitibá-rosa de que se tem notícia atualmente foi encontrado em um sistema cacau cabruca na região cacaueira da Bahia.
Recentemente, foi criado o Instituto Cabruca que, junto com outras instituições ambientalistas, vem desenvolvendo projetos de pesquisas e extensão sobre o tema, estudando formas de manter essa vegetação nativa associada ao cacau.