segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

MANANCIAIS



                                                                     Mananciais
 Redação Pensamento Verde
fevereiro de 2016




          Quem imaginaria que um dia, um país tão rico em recursos naturais como o Brasil sofreria uma crise hídrica para enfrentar períodos maiores de seca? A má administração dos reservatórios e a não sistematização de reuso são apenas alguns dos motivos pelo qual o ‘estoque’ de água parece ter ido por ralo abaixo.

          O relacionamento entre população e mananciais, definidos como todo e qualquer tipo de fonte de água (rios, lagos, lençóis freáticos etc.), se instabiliza cada dia mais, levando ao sofrimento ao apenas as pessoas, mas também a natureza, que não consegue se recuperar desse abastecimento voraz.

          O problema com o aquecimento global e outros fenômenos que atingem o ser humano contribuem para agravar a situação. Mas, ainda assim, a responsabilidade por essa falha é da distribuição e utilização descontrolada da água, já que o gerenciamento de recursos e aproveitamento de alternativas sustentáveis não acontece como deveria.

       

           A lei criada a favor dos mananciais nos anos 70 foi constituída com o objetivo de protegê-los contra atividades irregularidades e altamente prejudiciais. Já na época, os mananciais eram responsáveis por abastecer as grandes cidades, garantindo a qualidade da água para toda a população.

          Como esta lei impedia o desenvolvimento das áreas ocupadas por essas nascentes, logo se viu um desinteresse por parte dos proprietários, que abandonaram inúmeros terrenos, desencadeando o desenvolvimento ilegal e invasão de terra. Com isso, o resultado negativo foi acontecendo ao longo dos anos, com a poluição de incontáveis fontes de água, e hoje os mananciais brasileiros não atuam mais com a mesma disposição. A partir desta nova realidade, entendem-se os motivos pelo qual reservatórios e represas foram sobrecarregados e diminuíram bastante com seus níveis hídricos.

          Com os períodos de seca se tornando mais longos e a reutilização da água para tarefas do cotidiano ainda longe do ideal, a situação dos mananciais parece um tanto quanto precária. O famoso rio Tietê, que já chegou a ser palco para competições aquáticas há algumas décadas, é um exemplo fiel de como a poluição tomou conta das principais fontes de abastecimento e acabou com o rio no último século.

                                  Salvação dos mananciais depende de todos

          Para que todo o panorama seja mudado, é preciso da contribuição de todos. Os primeiros passos devem acontecer dentro das residências, evitando deixar torneiras e chuveiros abertos por muito tempo, descartando pilhas e baterias usadas em lugares recomendados, reaproveitamento da água de chuva para atividades rotineiras e outras soluções básicas.

         
          Através de campanhas e ações promocionais, vários governos estaduais têm incentivado a economia de água. Aos poucos, a população vai melhorando seus hábitos, deixando de praticar atitudes irresponsáveis. Projetos como a despoluição da lagoa carioca Rodrigo de Freitas para as Olimpíadas, servem de motivação para que novas leis sejam criadas e a conscientização evolua.

CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA



                                                 Campo Magnético Terrestre

O campo magnético terrestre é importante para evitar a entrada de partículas vindas do Sol e possibilita a existência das bússolas.

 Magnetismo

A agulha imantada de uma bússola aponta para o norte geográfico, pois o campo magnético gerado pela agulha alinha-se ao campo magnético terrestre. A Terra é um ímã gigante, portanto, produz campo magnético.
O campo magnético da Terra foi descrito pelo médico inglês William Gilbert (1544 – 1603), com o uso da “terrella”, um ímã esférico sobre o qual era apoiada uma agulha.
O campo magnético terrestre é o que possibilita a existência das bússolas, utilizadas para localização no espaço. Graças a essa invenção, as grandes navegações puderam acontecer.

O campo magnético terrestre impede a entrada de partículas com alta velocidade vindas do Sol (vento solar).

Ao atingirem o campo magnético da Terra, essas partículas que compõem o chamado vento solar são defletidas por causa da carga elétrica que possuem. Caso elas pudessem atingir a superfície da Terra, danificariam e impossibilitariam a comunicação por ondas de rádio, TV, internet, etc.

A teoria do dínamo é a mais aceita para a explicação do campo magnético terrestre. De acordo com essa ideia, o ferro e o níquel em estado de fusão, a cerca de 3 mil km de profundidade, movimentam-se gerando correntes elétricas que provocam o campo magnético.



Polos magnéticos

Um ímã possui um polo norte e um polo sul. O campo magnético gerado pelos ímãs, que é a região próxima ao ímã onde ocorre a atração de outro ímã ou materiais como ferro e aço, é representado saindo do polo norte e entrando no polo sul.



                                                             

 Quando a agulha imantada de uma bússola alinha-se ao campo magnético da Terra, o polo norte da agulha aponta para a região norte do planeta e o polo sul do ímã da bússola aponta para a região sul do planeta.

A atração ocorre somente entre polos diferentes, ou seja, se o polo norte da agulha aponta para o norte geográfico, isso significa que aquilo que chamamos de norte geográfico é o polo sul magnético da Terra. Da mesma forma, o polo sul geográfico do planeta deve ser o polo norte magnético. A imagem acima revela essa inversão entre os polos magnético e geográfico.




BRASIL DAS ÁGUAS

                                Rio Içá e o Paraná de Jacurapá, Amazonas. Foto Margi Moss.

                                                  Brasil das Águas (2003-2005)




          Pesquisa e cidadania formaram a base do premiado projeto Brasil das Águas, que se destacou pela tecnologia envolvida no processo de coleta das amostras. Apoiado por instituições de ensino, pesquisa e grupos comprometidos com as questões ambientais brasileiras, o avião anfíbio Talha-mar, transformado em laboratório aéreo, voou 120.000 km – o equivalente a mais de duas voltas em torno da Terra – para amostrar as águas em todas as regiões hidrográficas do país.

          Baseado nos resultados obtidos pelas análises realizados por pesquisadores em várias instituições em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerias, foi possível desenhar um mapa mostrando a saúde das águas doces no momento da coleta e identificar ambientes não contaminados.

          Utilizando a mesma metodologia em todo o país, a comparação dos resultados ajuda a entender a situação atual dos recursos hídricos e contribuir para um extenso banco de dados sobre um dos maiores bens do Brasil: a água.

          As belas fotografias tiradas por Margi durante as horas e horas de vôo em todos os estados do país, unidas no livro Brasil das Águas – revelando o azul do verde e amarelo, Ed. Supernova, também foram o foco de várias exposições em Brasília (Palácio do Planalto), Rio de Janeiro (Shopping Leblon, Richards) e São Paulo (Bienal do Ibirapuera), entre outros.
Em 2004, o projeto ganhou o conceituado prêmio ambiental Von Martius na categoria Natureza.

Para saber mais, visite o site do projeto: www.brasildasaguas.com.br