Rio Tietê
Placa Indicando o Parque
onde nasce o Rio Tietê em Salesópolis/SP
O rio Tietê é um rio brasileiro do estado de São Paulo. É conhecido
nacionalmente por atravessar, em seus 1 010 km,praticamente todo
estado de São Paulo de leste a oeste, marcando a geografia urbana da maior cidade do
país, a capital paulista. Ao contrário de outros rios, o Tietê se volta para o interior
e não corre para o oceano, característica que o tornou um importante instrumento
na colonização do país.
Nasce
em Salesópolis na serra do Mar, a 1 120 metros de
altitude, mas apesar de estar a apenas 22 quilômetros do litoral, as escarpas da serra do Mar obrigam-no a caminhar em sentido inverso, rumo
ao interior, atravessando o estado de São Paulo de sudeste a noroeste até desaguar no lago formado pela barragem de Jupiá, no rio Paraná, entre os municípios de Itapura (São Paulo) e Castilho (São
Paulo),
cerca de cinquenta quilômetros a jusante da cidade de Pereira Barreto.
O nome "Tietê" foi registrado pela primeira vez no ano
de 1748 no mapa Danvile. O hidrônimo é
de origem tupi e significa "água verdadeira",
com a junção dos termos ti ("água") e eté ("verdadeiro").
Hidrografia
Nascente
As
nascentes ficam no Parque Nascentes do Rio
Tietê,
que se situa no município de Salesópolis. São cerca de 134 hectares, dos
quais 9,6 já estão sob controle ambiental, protegendo as diversas nascentes que
formam o rio.
O
parque localiza-se no bairro da Pedra Rajada, a dezessete quilômetros do centro
de Salesópolis, junto à divisa com o município de Paraibuna. O acesso se dá pela SP-88 (Estrada das Pitas), onde há uma estrada vicinal de seis
quilômetros em terra batida que leva à nascente.
Inicialmente
nas mãos de particulares, teve sua flora original destruída. Tombado pelo estado, sua área foi
recuperada, apresentando, agora, floresta secundária. As nascentes surgem entre
rochas que ladeiam um minúsculo lago. A água brota em três diferentes pontos e
o lago é povoado por pequenos peixes, os guarus, também conhecidos como lebiste selvagem.
A
poucos metros de sua nascente, um vertedouro permite medir o volume de
água gerado pelo lençol freático. Destaca-se o elevado
fluxo de água produzido pela nascente. Um mural no local fornece alguns dados da
nascente do rio Tietê. Na data indicada, verifica-se que as nascentes
produziram mais de três metros cúbicos (1m³= 1.000 litros) de água por hora. Ao
longo do seu trecho inicial, o rio recebe a contribuição de vários lençóis
freáticos, tornando-se um córrego de elevado volume de água no pequeno trajeto
que percorre.
Ainda
dentro do município de Salesópolis existe uma das primeiras hidrelétricas construídas no Brasil,
que é a atual Usina Parque de Salesópolis. Construída em 1912 pela antiga Light, gerava energia a partir de uma queda de
72 metros de altura do rio Tietê. O parque está aberto para visitação pública,
sendo que há um museu junto à usina. Em março de 2008, foi retomada a produção
de energia elétrica. Destacam-se os maquinários antigos lá instalados.
Rio Tietê e a Barragem na
cidade de Barra Bonita
Inundações
O
rio Tietê sempre foi rio de meandros e, portanto, para a construção das avenidas marginais foi necessária uma retificação de seu curso natural. Tais
avenidas foram construídas sobre a várzea do rio, ou seja, locais naturalmente alagadiços.
Como
se não bastasse o fato de terem sido ocupadas as áreas da várzea, o crescimento
desordenado da cidade também fez com que o solo da bacia do Tietê na região da Grande São Paulo fosse sendo impermeabilizado:
asfalto, telhados, passeios e pátios fizeram com que a água das chuvas não mais
penetrasse no solo que a reteria. Uma grande porcentagem da precipitação corre imediatamente para
as galerias de águas pluviais e dali para os córregos que finalmente as conduz para o Tietê
que, por maior capacidade que tenha, não tem condições de absorver o volume.
Além
dos prejuízos e transtornos sofridos pelas pessoas diretamente atingidas
(doenças transmitidas pela água - como tifo, hepatite e leptospirose; residências, móveis,
veículos e documentos destruídos etc.), as inundações nas marginais do Tietê acabam atingindo não só a economia da região, mas também a
economia do estado e do país. Pelas marginais, incluindo as do rio Pinheiros, passam a ligação
Norte-Sul do Brasil, o acesso a várias rodovias (Rodovia Presidente Dutra, Rodovia Ayrton Senna, Rodovia Fernão Dias, Rodovia dos Bandeirantes, Rodovia Anhanguera, Rodovia Castelo Branco, Rodovia Raposo Tavares, Rodovia Régis Bittencourt, Rodovia dos Imigrantes e Rodovia Anchieta); o acesso aos aeroportos de Congonhas e Cumbica e ao porto de Santos, o mais importante do
país. Uma interrupção das marginais reflete-se na paralisação de transportes públicos, abastecimento e escoamento de produtos, produção de
indústrias etc.
A
enchente ocorre quando o rio Tietê recebe, repentinamente, um grande volume
d'água dos seus afluentes como o rio Aricanduva, que deságua milhões de
litros em alguns poucos minutos. A água que já estava no Tietê, correndo a uma
certa velocidade específica, precisa de algumas horas para ganhar força e
adquirir uma velocidade maior ao receber seus afluentes para escoar esse
volume.
No
entanto, enquanto a água do Tietê não ganha velocidade, a que vem do Rio
Aricanduva vai sendo acumulada e o rio enche até transbordar. Por causa desse
fenômeno hidráulico, o rio Tietê precisa de uma área lateral de solo para poder
absorver essa enchente. Essa área existe e situa-se a alguns metros abaixo das
avenidas marginais.
Quando
a área de inundação está limpa, sem mato, entulho, lixo ou barracos de
invasores, há um equilíbrio: a enchente ocorre mas não chega a invadir as
avenidas marginais, tampouco as ruas das proximidades. Ou seja, não ocorrem
alagamentos.
Via professor Simao Faiguenboin com o rio Tietê,
em São Paulo
Impacto socioeconômico
O
Tietê cruza a Região Metropolitana de São Paulo e percorre 1 136 quilômetros ao longo de todo o interior do
estado, até o município de Itapura, em sua foz no rio Paraná, na divisa com o Mato Grosso do Sul. No município de São Paulo, é margeado pela Marginal Tietê, que é o principal eixo
viário da cidade: estima-se que 2 000 000 de veículos passem pela via
diariamente, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego.
Logo
após sair do município de São Paulo, o rio Tietê encontra, no município de Santana de Parnaíba, a Usina Hidrelétrica Edgar de Sousa e, um pouco mais adiante, a Hidrelétrica de Rasgão e, entre
estas as duas, a Barragem de Pirapora do Bom Jesus. Ambas as hidrelétricas
foram construídas pela antiga Light e muito contribuíram para a geração de energia para a cidade de
São Paulo.
O
rio Tietê drena uma área composta por seis sub-bacias hidrográficas (Alto Tietê, Sorocaba/Médio Tietê, Piracicaba-Capivari-Jundiaí,
Tietê/Batalha, Tietê/Jacaré e Baixo Tietê) em uma das regiões mais ricas do
hemisfério sul e, ao longo de sua extensão, suas margens banham 62 municípios
ribeirinhos.
Segundo
arqueólogos, há pelo menos 6 000 anos, populações se utilizam da bacia
hidrográfica do Rio Tietê, um rio que também teve papel de destaque no período
dos bandeirantes e na eletrificação da
cidade de São Paulo. Atualmente, o rio é utilizado para abastecimento de água
da população de diversas cidades, como Araçatuba. As águas são captadas
a uma distância de 15 km, produzindo cerca de 5 milhões de litros diários,
com capacidade de expansão até 24 milhões de litros diários. O município é a
primeira cidade não ribeirinha a captar água deste rio.
Hidrovia
Em diversas das barragens
citadas (como por exemplo na de Barra
Bonita) foram implementados
sistemas de eclusas que viabilizaram a manutenção da navegação
fluvial. Muitas barcaças fazem o transporte da produção da região a um custo
menor do que o do transporte
rodoviário. A hidrovia Tietê-Paraná permite a navegação numa extensão
de 1 100 quilômetros entre Conchas, no rio Tietê, em São Paulo e São Simão, em Goiás, no rio Paranaíba, até Itaipu, atingindo 2 400 quilômetros de via navegável.
Somente a hidrovia do Paraná movimentou em 2010, mais de 3,7 milhões de
toneladas de cargas.
A
hidrovia Tietê-Paraná, em 2011, movimentou cerca de 5,8 milhões de toneladas de
carga, ficando muito próxima de sua capacidade de carga.
Foi a segunda hidrovia
brasileira em quantidade de carga, sendo superada apenas pela quantidade
transportada na bacia
amazônica, que foi de cerca de 9,8
milhões de toneladas. Desta hidrovia, cerca de 450 km do rio
Tietê são plenamente navegáveis.
Aproveitamento hidrelétrico
Ao
longo do rio Tietê, foram construídas muitas barragens com o intuito de se
aproveitar o potencial hidrelétrico. Entre estas, podem-se citar:
·
A Barragem Três Irmãos - Permitiu o aproveitamento de parte da
água do Tietê na usina de Ilha Solteira através do desvio pelo Canal Pereira Barreto que interliga os lagos das duas barragens.
O rio Tietê em Botucatu
Degradação ambiental
Embora
seja um dos rios mais importantes economicamente para o estado de São Paulo e para o país, o rio Tietê ficou mais
conhecido pelos seus problemas ambientais, especialmente no trecho em que banha
a cidade de São Paulo.
Não
faz muito tempo que o rio Tietê se tornou poluído. Ainda na década de 1960, o
rio tinha até peixes no seu trecho da capital. Porém, a degradação ambiental do
rio Tietê teve início de maneira sutil na década de 1920, com a construção da represa de Guarapiranga, pela empresa canadense Light, para posterior geração de energia
elétrica nas usinas hidrelétricas Edgar de Souza e Rasgão, localizadas em
Santana de Parnaíba. Esta intervenção alterou o regime de águas do rio na
capital e foi acompanhada de alguns trabalhos de retificação também pela Light,
que deixaram o leito do rio na área da capital menos sinuoso, nas regiões entre
Vila Maria e Freguesia do Ó.
Porém,
ainda nas décadas de 1920 e 1930, o rio era utilizado para pesca e atividades
desportivas: eram famosas as disputas de esportes náuticos no rio. Nesta época,
clubes de regatas e natação foram criados ao longo do rio, como o Clube de Regatas Tietê e o Clube Esperia, que existem até hoje.
O
processo de degradação do rio por poluição industrial e esgotos domésticos no
trecho da Grande São Paulo tem origem principalmente no processo de industrialização e de expansão urbana desordenada ocorrido nas décadas de 1940 a
1970, acompanhado pelo aumento populacional ocorrido no período, em que o
município evoluiu de uma população de 2 000 000 de habitantes na década de 1940
para mais de 6 000 000 na década de 1960.
Esse
processo de degradação a partir da década de 1940 também afetou seus principais
afluentes, como os rios Tamanduateí e Aricanduva, sendo no primeiro
particularmente mais perigoso, pois o Tamanduateí trazia da região do ABC os
esgotos industriais das grandes fábricas daquela região. A política de permitir
uma grande expansão do parque industrial de São Paulo sem contrapartidas
ambientais acabou por inviabilizar rapidamente o uso do rio Tietê para o
abastecimento da cidade e inclusive para o lazer.
A
partir das décadas de 1960 e 1970, a falta de vontade política dos então
governantes, aliada a uma certa falta de consciência e educação ambiental da
população anulou qualquer iniciativa em gastar recursos em sua recuperação, o
que aliado à crescente demanda (fruto da expansão econômica e populacional da
cidade), degradou o rio a níveis muito intoleráveis nas décadas de 1980.
Na
década de 1980, o governo do estado contratou os estudos do SANEGRAN
(Saneamento da Grande São Paulo), efetuados pela ENGEVIX, sob a coordenação do
engenheiro sanitarista Jorge Paes Rios, todavia as obras não foram executadas
devido aos enormes custos e a falta de vontade política.
Em
setembro de 1990, a Rádio Eldorado fez um programa especial ao vivo, com dois
repórteres: um, da própria Rádio Eldorado, estava em São Paulo, navegando pelo
rio Tietê e comentando sobre a poluição e deterioração das águas: o outro, do
serviço brasileiro da emissora de rádio britânica British
Broadcasting Corporation, navegava nas águas límpidas e despoluídas
do rio Tâmisa de Londres, na Inglaterra, comentando sobre a qualidade daquele
rio, que passou por um processo de recuperação desde a década de 1950.
Tal
programa de rádio provocou grande repercussão em outros órgãos de imprensa,
principalmente o jornal O Estado de S. Paulo, do mesmo grupo da rádio.
Uma
organização não governamental, Núcleo União Pró-Tietê, liderada por Mário
Mantovani, foi criada, canalizando a pressão popular por um rio mais limpo. A
sociedade civil chegou a colher mais de um milhão de assinaturas, um dos
maiores abaixo-assinados já realizados no país.
Poluiçãovisível no rio
Tietê no município de São Paulo. A degradação dos recursos hídricos é um
problema crônico da cidade.
Projeto do Tietê
Diante
de tais pressões populares, em 1991, o governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho ordenou à Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo que se comprometesse a
estabelecer um programa de despoluição do rio. O estado buscou recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento e montou um projeto de recuperação do rio, baseado nos estudos
anteriores do SANEGRAN. A difícil tarefa de acabar com a poluição gerada por
esgotos na Região Metropolitana de São Paulo recebeu o nome de Projeto Tietê.
Na
ocasião, o então governador havia dito que, ao final do seu mandato, beberia um
copo d'água do Tietê. Não é um projeto exclusivamente governamental, já que
conta com intensa participação de organizações da sociedade civil. Atualmente,
o Projeto Tietê é o maior projeto de recuperação ambiental do país.
Passados
quase vinte anos, a despoluição do rio Tietê ainda está muito aquém dos níveis
desejados, mas já foram feitos progressos animadores. No final da década de
1990, a capacidade de tratamento de esgotos foi ampliada: a Sabesp realizou a
ampliação da capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Esgotos de
Barueri, a vinte quilômetros a jusante do município de São Paulo e inaugurou as estações de tratamento
de esgoto Parque Novo Mundo, São Miguel e ABC, que ficam a montante do município de São Paulo.
No
início do programa, o percentual de esgotos tratados em relação aos esgotos
coletados não ultrapassava os vinte por cento na região Metropolitana de São
Paulo. Em 2004, esse percentual estava em 63% (incluindo tratamento primário e
secundário). Espera-se que, até o final do programa, esse índice alcance os
noventa por cento. Atualmente, o programa está em sua terceira fase.
A
mancha de poluição do rio Tietê, que, na década de 1990, chegou a cem
quilômetros, tem se reduzido gradualmente no decorrer das obras do Projeto
Tietê.
Por
outro lado, é preciso lembrar que ao longo de todo o rio, fora da Região
Metropolitana, todos os municípios da bacia possuem coleta de esgotos mas nem
todos têm seus esgotos devidamente tratados, o que mostra que muito ainda há
para ser feito.
Além
do tratamento de esgoto (com construção de ligações domiciliares, coletores-tronco,
interceptadores e estações de tratamento de esgotos), o programa de despoluição
do Tietê também foca no controle de efluentes das indústrias.
Espumas no Tiete em 2015 na cidade de Pirapora
de Bom Jesus, ultrapassando a altura da ponte.
De
acordo com o governo estadual, através da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, agência ambiental
paulista, mil e duzentas indústrias, correspondente a noventa por cento da
carga poluidora industrial lançada no rio Tietê, aderiram ao projeto e deixaram
de lançar resíduos e toda espécie de contaminantes no curso d'água.
Desde
o início do programa de despoluição em 1992, já foram gastos mais de 1 500 000
000 dólares estadunidenses.
Porém,
segundo especialistas em saneamento ambiental e engenharia, apesar dos
investimentos efetuados, a poluição difusa da região metropolitana, composta
por chuva ácida, poeiras, lixo e resíduos de veículos (vazamentos de fluidos de
óleos, resíduos de pastilhas de freios, entre outros) continuará indo para as
galerias de águas pluviais sem tratamento, pois esta rede não está conectada
com a rede de esgotos: o rio, depois de todo o projeto de despoluição
implantado, apresentará indicadores técnicos e ambientais muito superiores aos
atuais, porém esteticamente a percepção da qualidade das águas não será tão
grande por parte da população, sendo necessário um trabalho de esclarecimento à
população.
Poluição visível nas águas
do rio, em sua passagem por Santana de
Parnaíba, a oeste da Região Metropolitana de São Paulo
Em
junho de 2015 chamou a atenção nacional um episódio de grande produção de
espuma no rio Tietê. Na cidade de Pirapora de Bom Jesus, na região metropolitana de São Paulo, as espumas
ultrapassaram a altura da ponte e invadiram casas e ruas na beira do rio. Já
havia ocorrido episódio semelhante em fevereiro do mesmo ano e, de acordo com a
Prefeitura, o problema se repete periodicamente há trinta anos.
Segundo
a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, o fenômeno se deve ao
despejo de esgoto doméstico não tratado, com grandes quantidades de detergente não biodegradável, e piora no período de
estiagem devido à baixa vazão da água, que não é suficiente para dissolver os
poluentes.
Placa indicativa da
nascente do Rio Tietê
Cultura popular
O
rio Tietê é frequentemente retratado na cultura e nas artes, como símbolo da degradação na qualidade de vida dos habitantes
de São Paulo.
Nas
artes, algumas das mais famosas personagens ligadas ao rio Tietê estão na série
"Piratas do Tietê", da cartunista Laerte. Nessa série, piratas
sanguinários navegam pelo rio Tietê, provocando caos na cidade. Entre os
personagens, há referência ao jacaré que, na vida real, foi encontrado, há
alguns anos, no rio Tietê.
Na
vida real, esse célebre jacaré foi apelidado de Teimoso, por suas constantes
fugas do resgate (acabou por ser resgatado pelo corpo de bombeiros e
encontra-se, hoje, no Zoológico de São Paulo).
Bacia hidrográfica do Rio da Prata com a localização do rio Tietê.
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Nascente
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1 120 m
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Afluentes
principais |
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País(es)
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País(es) da
bacia hidrográfica |
Tietê-Paraná
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